Inteligência Artificial: o que você precisa saber sobre IA
Durante muito tempo, o termo Inteligência Artificial (IA) remetia a ficção científica, algo totalmente fora da nossa realidade. Com o avanço da tecnologia e a criação de equipamentos cada vez mais aprimorados, hoje já sabemos que as máquinas podem ter um potencial muito maior - inclusive em tarefas que, até então, só poderiam ser desempenhadas por um humano. Mesmo diante dos avanços conquistados até o momento, muitas pessoas não imaginam as amplas possibilidades que a tecnologia oferece em diversos setores. Tanto que o assunto ainda é um desafio para muitos gestores e empresários que ainda não conseguiram usufruir da IA para aprimorar os seus produtos e serviços. Para ampliarmos esse entendimento sobre os diversos mecanismos da Inteligência Artificial e como ela pode auxiliar na nossa rotina pessoal e corporativa, preparamos um artigo com as respostas das dúvidas mais frequentes sobre a tecnologia. Continue a leitura!
O que é Inteligência Artificial?
De maneira resumida, podemos definir Inteligência Artificial como a capacidade de máquinas ou sistemas funcionarem de forma que “imitem” o pensamento humano na realização de tarefas diversas.
Além de seguirem comandos, esses dispositivos eletrônicos também são capazes de se aprimorar conforme as informações que recebem, possibilitando a tomada de decisões e uma resolução mais ágil de problemas. Ou seja, um conceito que remete ao desenvolvimento da lógica e raciocínio.
Mas, como isso é possível? Entenda como a inteligência artificial funciona!
Para entendermos como a inteligência artificial funciona também é preciso falar sobre ciência da computação. Isso porque ela estuda técnicas e métodos de processamento de dados, com foco central no desenvolvimento de algoritmos.
Com isso em mente, precisa-se também abordar os conceitos de “hardware” e “software”. O primeiro é a parte física de uma máquina, enquanto o segundo remete ao sistema que funciona como o “cérebro” do equipamento.
Agora, voltamos à Inteligência Artificial. Quando vemos um carro que anda sozinho, por exemplo, o hardware é uma parte importante do mecanismo, mas é o software utilizado na máquina que possibilita os movimentos sem intervenção humana. Esses movimentos são guiados pelos algoritmos, sequência de instruções que orientam como o software irá funcionar.
Quando surgiram, os algoritmos seguiam modelos simples. Hoje, sua lógica funciona de forma complexa de forma que sejam capazes de identificar o melhor caminho a seguir em uma determinada função, mesmo que existam outras opções. Nesse sentido, precisa-se combiná-los com dados que possibilitem que o algoritmo entenda quais as hipóteses possíveis e a melhor resposta para o comando dado.
E, quando falamos de avanço tecnológico, essa premissa se aplica a tarefas cada vez mais refinadas, que exigem a resolução de problemas envolvendo milhares de variáveis. Mas, o funcionamento segue a mesma lógica: a partir de uma programação já feita, um algoritmo considera as variáveis, processa os dados e determina as respostas para cada comando.
Quais as diferentes abordagens da Inteligência Artificial?
Normalmente, a Inteligência Artificial se divide em duas abordagens diferentes: IA Simbólica e IA Conexionista.
Na Inteligência Artificial Simbólica, os dispositivos funcionam por meio de comandos que utilizam símbolos, letras, números ou palavras. O objetivo é simular o raciocínio lógico utilizando a linguagem humana.
Já na Inteligência Artificial Conexionista, a inspiração vem do funcionamento dos neurônios humanos. Para isso, a abordagem simula os mecanismos do próprio cérebro para aprimorar a capacidade da máquina de “aprender” conforme funciona.
Também já se fala em uma terceira abordagem: a IA Evolucionária. Neste caso, os algoritmos se baseiam na evolução natural e na simulação de conceitos diversos - como ambiente, fenótipo, genótipo, seleção e morte - em ambientes artificiais.
Inteligência Artificial Forte x Inteligência Artificial Fraca
Além dessas abordagens, também surgiu a diferenciação de inteligência artificial por tipo: forte e fraca.
Conhecida também como autoconsciente, a Inteligência Artificial Forte é aquela que simula o raciocínio humano de forma tão ágil e assertiva que a tecnologia se torna uma alternativa mais qualificada para suprir demandas de mão de obra nas empresas. Normalmente, a tecnologia utiliza técnicas de machine learning e deep learning.
Já a Inteligência Artificial Fraca diz respeito aos dispositivos que auxiliam no processamento de dados, geração de relatórios e interações automatizadas - mas não chegam ao nível de autoconsciência da forte. Um exemplo são os bots em chats e e-mails, que são criados para diversas finalidades mas ainda não são capazes de resolver problemas específicos.
Todos esses conceitos são aplicados em diversos setores da economia, indústria, varejo, entretenimento e até na saúde. Um avanço possível graças ao uso de IA em conjunto com diferentes tecnologias, como Big Data e Internet das Coisas (IoT).
Vantagens da Inteligência Artificial
É inegável que, atualmente, diversas atividades não seriam possíveis de serem realizadas sem a Inteligência Artificial. Especialmente em grandes empresas, a tecnologia possibilita a realização de tarefas com um nível de rapidez e assertividade que não seria possível apenas com mão de obra humana.
Ou seja, a IA se tornou sinônimo de eficiência e produtividade. Também não é possível ignorar os benefícios para a qualidade de vida em diversos aspectos, assim como a diminuição de erros que colocam em risco a vida humana. Tudo isso por conta das vantagens da tecnologia na aplicação de diversas tarefas:
- Maior precisão: a IA tem uma taxa de erro mínima ou inexistente quando comparada a ações humanas na entrega das mesmas demandas por conta da possibilidade de programação prévia;
- Rapidez: com a tecnologia, os processos se tornam mais ágeis - assim como a tomada de decisão. E, claro, as máquinas são capazes de atuar de forma repetida e de maneira ininterrupta, o que supera o exercício humano em diversos aspectos;
- Imparcialidade: como as atividades são realizadas por máquinas que pensam de forma lógica, qualquer sentimento ou emoção que estaria associada ao processo (e influencia os resultados) no caso de humanos é descartada;
- Segurança: outro ponto positivo das máquinas é a capacidade de realizarem tarefas em ambientes hostis, situação que coloca em risco a integridade física de seres humanos;
- Previsibilidade: um aspecto essencial que aumenta a eficiência de qualquer processo com o uso de IA é a possibilidade de antecipar problemas, combater falhas e agir de forma preventiva.
Quando agem em conjunto, todas essas vantagens representam uma importante inovação nas empresas que investem em tecnologia. O resultado é a otimização da produção, redução de custos e integração de processos.
E as desvantagens da Inteligência Artificial?
Quanto às desvantagens, uma que aflige muitos profissionais é a diminuição de ofertas de empregos em diversos setores com a substituição de mão de obra humana por máquinas, dispositivos eletrônicos e softwares.
É importante salientar que nem tudo é possível de passar por essa transformação, mas o fato é que o avanço tecnológico tem esse efeito em diversas áreas - que é a substituição de postos de trabalho.
Mas, por outro lado, da mesma forma que a tecnologia agiliza processos, ela também influencia no surgimento de novos tipos de profissionais e impulsiona a necessidade de capacitação para suprir essa demanda, especialmente o campo estratégico.
Também vale lembrar que todas essas mudanças não acontecem de uma hora para outra. Até porque, conforme apontamos, as máquinas seguem sendo operadas por humanos - nem que eles estejam em uma área mais estratégica no caso da IA. Então, a palavra-chave para usufruir das vantagens da inteligência artificial e não encará-la como um “concorrente” é adaptabilidade.
Como implementar soluções de Inteligência Artificial no seu negócio?
Se você chegou até aqui, entende a importância de entender como a Inteligência Artificial funciona para implementá-la no processo de transformação digital da sua empresa. Mas, antes de dar o primeiro passo, é preciso realizar um bom planejamento para estabelecer as metas e os objetivos no uso da tecnologia.
Uma ideia para não atrasar essa implementação é evitar escolher múltiplos focos, que exigiria também um alto investimento financeiro. Mesmo que não seja uma estratégia “proibida”, testar a IA em uma pequena fração da empresa pode ajudar a entender melhor o potencial da tecnologia dentro do segmento.
Também é fundamental coletar o maior número de dados possível para permitir que a solução escolhida de IA se integre de forma segura e confiável aos demais fluxos de trabalho. E, claro, busque empresas com excelentes referências em seu segmento de atuação para implementar a tecnologia.